Atento à situação dos trabalhadores do setor petroquímico do Rio Grande do Sul, que sentem-se inseguros com a venda da empresa de petróleo Ipiranga, o senador Paulo Paim convocou uma reunião com representantes do setor. O encontro aconteceu na tarde de quarta-feira, 28, no gabinete do senador Paim. Participaram representantes da Petrobrás, da Brasken e da Ultra, que compraram a Ipiranga; sindicalistas do Sindipolo e do Sindipetro; o prefeito de Rio Grande, Janir Branco, e o deputado Tarcísio Zimmerman (PT/RS). O senador Paulo Paim lembra que o Estado do Rio Grande do Sul enfrenta dificuldades e quer garantias de que o macro investimento no setor petroquímico não trará prejuízos aos trabalhadores. Nossa preocupação é que não sejam reduzidos os investimentos no Rio Grande do Sul. Não queremos que o Estado perca arrecadação. Além disso, temos receio de que ocorram demissões em Rio Grande e Triunfo. Isso não pode ocorrer, enfatiza Paim. O prefeito de Rio Grande, Janir Branco, registra a importância da Ipiranga para a região de Rio Grande e Pelotas, que somam cerca de 600 mil pessoas. E manifestou a preocupação com a manutenção da relação da refinaria com a sociedade. Citou o exemplo do Hospital de Cardiologia, que atende a população local e que é mantido pela Ipiranga. O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, garantiu que não haverá desemprego: vamos agregar valor para que a refinaria continue funcionando. Esta é uma posição da Petrobras, garantiu Costa. Essa posição da Petrobras deixa otimista o presidente do Sindipolo, Carlos Heitor Rodrigues, que propõe um encontro legítimo entre os representantes dos trabalhadores e os investidores: o nosso desejo é que os investimentos sejam feitos na proporcionalidade dos empregos, diz. Já o representante da Petroquisa, José Lima Neto, elogiou a iniciativa do senador Paulo Paim e disse não saber como será a sintonia ente a Petrobras e a Brasken nessa parceria. Paim anunciou que no próximo dia 4 de abril haverá uma audiência pública para discutir a situação dos trabalhadores da Ipiranga, depois da compra pela Petrobras, Brasken e Ultra.