A decisão da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) de aprovar a proposta de emenda à Constituição (PEC 43/2013) que acaba com o voto secreto em todas as votações do Congresso, é revolucionária. A afirmação foi feita pelo senador Paulo Paim, (PT-RS), durante pronunciamento nesta quarta-feira (18). O parlamentar lembrou que essa luta é antiga e considerou o dia de hoje uma data histórica. – Há 30 anos eu insisto nessa tese, e, hoje, parece-me, o sonho vai se tornar realidade e a população vai ficar sabendo como cada um vota e ponto. É só isto, o fim do voto secreto é simplesmente isto: transparência absoluta. Ao votar, a população fica sabendo, e ela fará o julgamento a cada processo eleitoral para decidir se deve reconduzir ou não aquele Parlamentar, disse Paulo Paim homenageou o senador Anibal Diniz (PT-AC) por ter conversado com o relator da proposta, senador Sérgio Souza, para pedir a ele que “ouvisse a voz de todo o Plenário praticamente e a voz das ruas e mudasse o seu relatório”.  Paim contou que Sérgio Souza atendeu o apelo e manteve seu relatório original para que, então, a PEC fosse aprovada quase que por unanimidade. Apenas dois parlamentares votaram contra o fim do voto secreto em todas as situações. Paim ressaltou que com esse resultado o Senado respondeu á altura o desafio apresentado pela Câmara dos Deputados ao aprovar o voto aberto em todas as situações. – Votou, pela terceira vez, o fim do voto secreto. É a terceira vez que a CCJ vota o fim do voto secreto: votou na PEC 50, de minha autoria; votou na PEC 20, de minha autoria, e votou hoje na PEC que veio da Câmara – e ainda votou no projeto do Senador Alvaro Dias, que já está lá, que acaba também com o voto secreto na cassação de mandatos, avaliou o senador. Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)