O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) publica há 20 anos os “cabeças” do Congresso Nacional, mapeando e fornecendo informações sobre os 100 parlamentares mais influentes. São os deputados e senadores que “conduzem o processo decisório no Legislativo”, classificados em categorias: debatedores, articuladores/organizadores, formuladores, negociadores e formadores de opinião. Cinco parlamentares estão no topo da lista desde a primeira edição: os gaúchos Pedro Simon (PMDB), Paulo Paim (PT), José Sarney (PMDB-AP), Eduardo Suplicy (PT-SP) e o deputado Inocêncio Oliveira (PP-PE). A pesquisa inclui apenas parlamentares que estão no efetivo exercício do mandato. Assim, quem esteve ou está licenciado não faz parte da publicação. Por isso, não constam entre os 100 mais influentes os deputados que assumiram ministérios, secretarias estaduais ou municipais. Por exemplo, o gaúcho Pepe Vargas (PT), ministro do Desenvolvimento Agrário. Os três senadores do Rio Grande do Sul, Simon, Paim e a progressista Ana Amélia Lemos estão na elite do Congresso Nacional.Debatedores em destaqueEstão em posição de destaque também entre os parlamentares como debatedores, articuladores e formuladores de opinião: Ana Amélia (PP), Beto Albuquerque (PSB), Darcisio Perondi (PMDB), Henrique Fontana (PT), Manuela d’Ávila (PCdoB), Marco Maia (PT) e Onyx Lorenzoni (DEM). Os “cabeças” do Congresso são, na definição do Diap, aqueles que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de todas ou algumas das qualidades e habilidades descritas, como a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações, seja pelo saber, senso de oportunidade, eficiência na leitura da realidade, posições ou elaboração de propostas. São aqueles cujas iniciativas, decisões ou vetos prevalecem no processo decisório.PartidosO número de partidos com representação no Congresso chega a 23. Desses, segundo a pesquisa do Diap, apenas nove (PTdoB, PRP, PHS, PSL, PRTB, PSC, PRB, PMN e PEN) não possuem representantes na elite parlamentar. Os dois partidos com maior número de parlamentares na elite são o PT e o PMDB. O primeiro em número de parlamentares e influência é o PT. O segundo em influência é o PMDB. O terceiro em número de parlamentares é o PSDB, é também o terceiro em influência, à frente do PDT, que é o quarto entre os “cabeças”. JORNAL do COMÉRCIO – Edgar Lisboa