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04.Abril
Paim diz que consórcio comprometeu-se a não demitir trabalhadores do Grupo Ipiranga - Agência Senado

Durante a reunião conjunta das Comissões de Assuntos Sociais (CAS), de Assuntos Econômicos (CAE), e de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), destinada a debater a venda do Grupo Ipiranga, nesta quarta-feira (4), o senador Paulo Paim (PT-RS), que presidia a reunião, informou que o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, o autorizou a comunicar que o consórcio que adquiriu o grupo, do qual a Petrobras faz parte, comprometeu-se a não diminuir número de postos de trabalho e nem reduzir investimentos no Rio Grande do Sul. A informação de Paim serviu de resposta às preocupações dos trabalhadores do setor emrelação, inclusive a possíveis demissão. Durante a reunião, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Comércio de Minério e Derivados de Petróleo (Sitramico), Ângelo Martins, disse que a compra do Grupo Ipiranga pela Petrobras, Braskem, e Grupo Ultra pegou os trabalhadores da Ipiranga de surpresa, pois eles não foram consultados sobre o negócio. Assuntos Sociais (CAS), de Assuntos Econômicos (CAE), e de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), destinada a debater o negócio de US$ 4 bilhões. - Quem garante que a manutenção dos empregos será assegurada? - perguntou o sindicalista, para quem a introdução de novas tecnologias, conforme o anunciado pelo consórcio, "representará menos empregos". Ao anunciar o compromisso do consórcio, transmitido a ele por Gabrielli, Paulo Paim, que é presidente da CDH, informou que as empresas que adquiriram a Ipiranga firmaram três compromissos básicos: os empregos não serão diminuídos, podendo, inclusive, aumentar o número de postos de trabalho; não haverá redução de investimentos no pólo petroquímico de Porto Alegre e na refinaria do município de Rio Grande; e que os sindicatos dos trabalhadores da área serão chamados ao diálogo. Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Petroquímicas de Triunfo (Sindpolo-RS), Carlos Heitor Rodrigues, salientou que a Braskem, após a venda da Ipiranga ao consórcio, passará a controlar cerca de 60% da produção petroquímica do país. Isso, notou, representa concentração de um setor estratégico nas mãos de um único grupo econômico, o que considera preocupante. Esclareceu que o restanteda produção ficará com a Petrobras, ao mesmo tempo em que defendeu a assinatura de um documento formal, com apoio de senadores e deputados, no qual seja garantido o emprego dos trabalhadores e seus direitos. Estratégia Para o representante da Petrobras, José Lima Neto, entretanto, a operação de compra do Grupo Ipiranga faz parte de um planejamento estratégico do governo no sentido de consolidar os investimentos no setor petroquímico, além de fortalecer e melhorar a distribuição de combustíveis nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Alexandrino Alencar, representando a Braskem - a maior empresa privada brasileira no setor da petroquímica- tentou tranqüilizar os sindicalistas ao anunciar que nos próximos três anos o grupo irá aplicar cerca de R$ 700 milhões no estado do Rio Grande do Sul, com destaque para a produção de resina. O investimento, observou, vai gerar mais empregos, crescimento da produção, e maior arrecadação para os cofres estaduais. Ele também garantiu que a Braskem não vai abandonar os projetos sociais e culturais até então gerenciados pelo Grupo Ipiranga. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Destilação e Refinação de Petróleo de Rio Grande (Sindpetro), José Marcos Olioni, manifestou a certeza de que a compra do Grupo Ipiranga, tento à frente a Petrobras, "será um casamento que vai dar certo". Defendeu, durante o debate, maiores investimentos para a Refinaria Ipiranga,no sentido de torná-la mais competitiva, e previu que os atuais postos de trabalho serão mantidos, com possível geração de novos empregos. O 2º vice-presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Adão Villaverde, disse que a aquisição da Ipiranga pelo consórcio tem que vir acompanhada, necessariamente, de novos investimentos e preservação de garantia aos direitos trabalhistas aos empregados, incluindo a manutenção dos postos de trabalho.