As consequências do incêndio da boate Kiss – tragédia que resultou na morte de 241 pessoas em janeiro deste ano – serão tema de debate na Comissão de Direitos Humanos (CDH). O requerimento, do senador Paulo Paim (PT-RS), foi aprovado na manhã desta quarta-feira (20). Segundo ele, passados dez meses do acidente, os familiares das vítimas estão se sentindo abandonados pelo poder público e querem ser ouvidos. – Eles precisam falar o que está acontecendo para que possamos apoiar. Há casais, por exemplo, que perderam todos seus filhos e precisam, inclusive de apoio psicológico. Os familiares entendem que aqui na Comissão de Direitos Humanos do Senado seria melhor espaço para dialogar com o governo – afirmou Paim. Além de parentes de feridos e mortos na tragédia, serão convidados representantes dos ministérios da Saúde, da Justiça, do Ministério Público e da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Outras audiências Além de debate sobre a boate Kiss, a CDH aprovou nesta quarta-feira requerimentos para a realização de outras nove audiências públicas com a presença de convidados para tratar dos seguintes temas: * A prevenção e o combate ao trabalho escravo de imigrantes; * O desenvolvimento do esporte adaptado para pessoas com deficiência no Brasil; * A qualidade de vida dos aposentados; * O direito fundamental à saúde e à alimentação escolar; * O direito de greve no serviço público; * Os 25 anos da Fundação Palmares e os 10 anos da Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (Seppir); * A participação da CDH na organização da Semana Internacional da Pessoa com Deficiência, entre os dias 2 e 6 de dezembro; * As novas configurações das famílias; * Os desaparecidos da democracia. Diante do grande número de reuniões solicitadas, a presidente da comissão, senadora Ana Rita (PT-ES), informou que vai se reunir com integrantes do colegiado para definir uma agenda a partir das prioridades apresentadas. Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)