“Como o álcool, o fumo também traz prejuízos aos seres humanos. Mas é preciso ter regras de transição para outra cultura”. Essa é a posição do senador Paulo Paim em relação a questão que vem movimentando os produtores de fumo: a ratificação, ou não, da Convenção-Quadro. O parlamentar defende uma regra de transição de cerca de dez anos para que os produtores possam migrar para outras culturas. O cultivo do fumo proporciona renda de 3,6 bilhões de reais aos agricultores e gera mais de 2,4 milhões de empregos diretos e indiretos em todo país. Para o Rio Grande do Sul a confirmação pode representar a queda da base da economia. O Vale do Rio Pardo e a região Centro-Serra juntos são responsáveis por 50% da produção de tabaco no Estado. O município de Santa Cruz, por exemplo, possui 80% da sua economia voltada às plantações e às indústrias de fumo. O Rio Grande do Sul é responsável pela metade da cultura em todo o país. Pesquisa recente realizada pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) aponta que a produção de fumo proporciona uma renda anual de aproximadamente US$ 7,8 mil aos fumicultores.