Pesquisar no site
27.Fevereiro
Avança fim de IOF sobre empréstimo consignado

Proposta que desonera operações de empréstimo com garantia de desconto em folha foi aprovada pela Comissão de Assuntos Sociais. Renúncia fiscal foi estimada em R$ 2,52 bilhões para 2014Foi aprovado ontem na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) projeto que isenta do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro — o chamado IOF — as operações de empréstimo consignado, visando reduzir custos e baixar juros desse tipo de crédito bancário. A medida ainda precisa passar pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde será votada em caráter terminativo. Depois segue para a Câmara dos Deputados.O autor do projeto (PLS 382/2013), senador Paulo Paim (PT-RS), argumenta que o empréstimo bancário vinculado à consignação em folha de pagamento é um importante instrumento para fortalecer o mercado interno.E como não apresenta risco de inadimplência, essa modalidade de crédito pratica juros mais baixos que outros empréstimos pessoais. Com a desoneração do IOF, Paim acredita que será possível oferecer condição ainda melhor para o consignado.Na justificativa do projeto, Paim estima que a isenção do imposto no consignado levará a uma renúncia fiscal de R$ 2,52 bilhões em 2014 e 2,8 bilhões em 2015 (se houver a isenção tributária durante todo o ano). Entende-se por renúncia fiscal aquilo que o Estado abre mão de recolher dos contribuintes para favorecer um segmento ou região econômica, um setor da população ou o conjunto da economia.Em apoio ao projeto, o relator Casildo Maldaner (PMDB-SC) afirma que os beneficiários do crédito consignado já pagam alta carga de impostos, sejam os tributados na fonte, como o imposto de renda, ou os embutidos nas mercadorias, como ICMS e ISS. Ele argumenta ainda que a redução de custo do consignado ajudará a resolver a situação de endividamento de muitas famílias de trabalhadores e aposentados.Na reunião de ontem, o voto de Casildo Maldaner foi lido pelo senador Humberto ­Costa (PT-PE).Jornal do Senado