Trabalhador rural é homenageado por Paulo Paim Em comemoração ao Dia do Trabalhador Rural, celebrado em 25 de maio, o senador Paulo Paim (PT-RS) homenageou, em pronunciamento da tribuna, “os 16 milhões de homens e mulheres que trabalham no campo e fazem com que a alimentação chegue à mesa de toda a nossa gente”.Paim saudou a realização, esta semana, da 20ª edição do Grito da Terra, movimento anual de mobilização de trabalhadores rurais e agricultores familiares, promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).O senador destacou, entre as reivindicações da categoria, a ampliação da reforma agrária, para assentamento de 150 mil famílias.– Não é só trabalhar de agregado, de empregado ou trabalhar ganhando um percentual sobre aquilo que ele produzir. Nós temos que assegurar ao nosso povo trabalhador o direito à terra. Alguns se assustam com a Reforma Agrária. Não é preciso se assustar, pois a reforma agrária aconteceu na maioria dos países – disse.Ele também ressaltou a importância do cumprimento das normas previstas na Confederação das Leis Trabalhistas (CLT) para contratação de mão de obra rural e apontou riscos na terceirização do trabalho no campo.– Quantas vezes eu tive que reunir, aqui, os terceirizados, porque o tal de malandro, que eu chamo gato, simplesmente sumia e não pagava nem salário, nem o auxílio alimentação, nem transporte para o trabalhador terceirizado – frisou, ao comentar ação de pessoa que arregimenta trabalhadores rurais para suprir demanda das fazendas, especialmente  em época de plantio e colheita.O Grito da Terra, disse, também reivindica a valorização da agricultura familiar e a ampliação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Para a próxima safra, informou Paim, o governo deve disponibilizar R$ 24,1 bilhões para o financiamento da produção familiar.Em seu pronunciamento nesta sexta-feira (23), o senador também destacou sessão magna realizada pelo Grande Oriente do Distrito Federal, que reúne as Lojas Maçônicas do DF, e saudou os 50 anos da Escola La Salle Hipólito Leite, de Pelotas (RS).MinoriasAinda em Plenário, Paim reafirmou que seu objetivo como parlamentar é trabalhar na ótica do social, dos direitos humanos e pelo fim da desigualdade. Segundo disse, as \"minorias\" do país – mulheres, negros, índios, idosos ciganos, homossexuais, alem de trabalhadores, assalariados e aposentados, entre outros – precisam que alguém expresse na tribuna o que pensam, querem e demandam.Paim mencionou projetos de sua autoria que, como observou, tramitam \"lentamente\" na Câmara, como o Estatuto da Igualdade Racial, e cobrou aprovação dessas propostas. Ele relembrou uma campanha permanente, lançada ainda em 2008 e chamada “Preconceito e discriminação zero, o alvorecer de uma nova consciência”, para lutar contra a discriminação por questões de religião, gênero e raça. A intenção do parlamentar é reviver esse movimento, com um evento a ser realizado em junho, no Rio Grande do Sul.- É um projeto de melhora de qualidade de vida de todos, que precisa ser assumido por instituições e pessoas de forma ampla, responsável e comprometida – avaliou.Agência Senado