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22.Julho
Voto facultativo

A obrigatoriedade do voto se tornou divisor de águas nas discussões sobre reforma política dentro do PT. Um grupo, capitaneado pelo deputado federal paulista Cândido Vaccarezza, acredita que o voto não deveria ser obrigatório. O fim da obrigatoriedade de votar está previsto na proposta de emenda à Constituição (PEC) que surgiu no grupo de trabalho proposto pelo próprio Vaccarezza. Outra vertente, encabeçada pelo atual líder do governo, deputado Henrique Fontana (PT), quer manter o voto obrigatório. Fontana, que relatou a penúltima tentativa de reforma política, resistiu às pressões de acabar com a obrigatoriedade do voto. De acordo com ele, o voto facultativo só serve para alienar a população da política.Sistema ilegítimoO senador Paulo Paim (PT) se aproximou de Cândido Vaccarezza ao defender o fim do voto obrigatório. “Penso que está na hora de acabar com a ilusão de que o voto obrigatório gere cidadãos politicamente evoluídos. É uma falácia. O caminho para isso é a educação formal de qualidade. Uma massa de eleitores desinformados que vende o voto porque é obrigado a votar diminui a legitimidade do sistema”, afirmou. De acordo com o senador, o voto facultativo pode melhorar a política. “Compete aos partidos, aos políticos ganharem a população para que ela vá votar, mas votar em programas, em consciência, em ideias. A decisão de votar deve ser do eleitor. E tanto mais ele se engajará quanto mais acirrada for a disputa e quanto mais ele perceber que o resultado vai influenciar na sua vida negativa ou positivamente.” JORNAL do COMÉRCIO – Edgar Lisboa