O fator previdenciário pode estar com os dias contados. Em discurso em Natal (RN), o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), prometeu propor ao colégio de líderes a votação do projeto de lei que acaba com o fator no dia 14 de outubro. Além do fim do fator, outras três propostas que tratam de aposentados podem entrar na pauta: uma proposta de emenda à Constituição que acaba com a cobrança de contribuição previdenciária sobre aposentados do serviço público, uma PEC que garante provento integral a quem se aposentar por invalidez e um projeto de lei que corrige as aposentadorias acima do mínimo. “Enquanto não pauta, não chega a um entendimento, meu compromisso é com a classe mais desfavorecida do País, a dos aposentados”, disse. O jogo mudou O problema é passar pela muralha imposta pelo governo. O fim do fator já foi aprovado pelo Congresso, mas foi vetado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os deputados tentaram chegar a um consenso sobre uma proposta intermediária, já que o principal argumento do governo para vetar é que o fator previdenciário permite que a Previdência sobreviva. Mas, de acordo com o senador gaúcho Paulo Paim (PT), autor da proposta que acaba com o fator, o jogo mudou. “O Congresso já aprovou propostas sem o consentimento do governo. E temos outra vantagem: o voto para apreciação de vetos não é mais secreto. A população pode saber quem votou a favor e contra”, disse.   JORNAL do COMÉRCIO