Conforme Paim, os três senadores surpreenderam Lula ao reapresentar a história gaúcha sob uma ótica diferente, no encontro de quarta-feira no Palácio do Planalto. O trio deixou de lado a constituição econômica e étnica e procurou reproduzir, desde a Revolução Farroupilha, como se deu o acúmulo de débitos do governo federal com o Estado. - Fomos desde as terras que foram dadas para reforma agrária e a União não pagou. Daí passamos para o Pólo Petroquímico e a questão das estradas. Eu peguei mais a questão da CEEE, do parecer que indicava que o governo não precisava recorrer, pois teria de pagar ao Estado - relatou Paim. Paim disse que o Planalto não trabalha com valores, mas que o governo está mobilizado para auxiliar o Rio Grande do Sul: - O ministro da Fazenda Guido Mantega não pediu sigilo ao dizer: nós queremos fazer um investimento robusto no Rio Grande do Sul nessa reforma estrutural - afirmou. O senador disse que os recursos referidos por Guido Mantega vão além dos prometidos por meio do PAC. A governadora Yeda Crusius, por sua vez, não demonstrou o otimismo apresentado pelo senador petista. Em entrevistas a emissoras de rádio, Yeda deixou transparecer frustração pelo encontro com Lula: - De certa forma há uma frustração, chegamos ao encontro depois de mais de um ano de negociações. Na verdade, o presidente fez um ato político com os senadores. Mas Lula reafirmou que deve ao Rio Grande do Sul. Ele sabe disso e sinalizou que o Rio Grande tem de escolher o seu caminho. Fonte: Zero Hora.