<< Ouça >> Após ressaltar a importância da Lei Complementar 148/2014, que muda o índice de correção das dívidas estaduais e municipais, o senador Paulo Paim (PT-RS), adiantou que a luta agora será pela redução do valor das parcelas pagas mensalmente à União. Paim explicou a situação de seu estado, o Rio Grande do Sul, que deve cerca de R$ 37 bilhões à União. Segundo ele, apesar de tudo o que já foi pago desde a renegociação em 1997, a dívida gaúcha só crescia e, se nada mudasse, o estado ainda estaria devendo cerca de R$ 40 bilhões em 2027. A nova lei, sancionada em novembro do ano passado, permite que a dívida seja corrigida por um índice inferior ao que vinha sendo aplicado desde 97. Com isso, o estado terá um desconto de cerca de R$ 15 bilhões e poderá zerar o resíduo da dívida por volta de 2027, afirmou o senador. Ele também observou que a mudança do índice garantirá ao Rio Grande do Sul e a outros estados mais dinheiro para investimentos locais. Mas a situação do estado pode melhorar mais, garantiu Paulo Paim, se houver redução do valor das prestações mensais, que hoje equivalem a cerca de 13% cento das receitas estaduais. — Continuaremos a defender a redução de 13% para 11% da receita, de forma que possamos diminuir a parcela da dívida a ser paga. Essa é uma reivindicação da bancada gaúcha e, acredito, também de outros estados. Tal medida, diminuindo o valor da prestação, é que vai, de forma imperiosa, dar mais fôlego aos investimentos tão necessários ao povo gaúcho — disse. Em seu pronunciamento, nesta segunda-feira (9), Paulo Paim ainda reforçou apelo para que os presidentes das comissões do Senado Federal sejam eleitos esta semana. Ele ressaltou que, dessa forma, logo após o carnaval, a Casa poderia começar os trabalhos legislativos, já que as propostas precisam passar pelas comissões antes de serem votadas no plenário. Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)