Pela proposta de Paulo Paim, correção do salário e benefícios da Previdência seria acrescida de R$ 44 O vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), apresentou projeto de lei para assegurar que, a partir de 1º de maio de 2004, o salário mínimo e os benefícios pagos pela Previdência a aposentados e pensionistas terão reajuste conjunto pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), relativo aos últimos 12 meses, acrescidos de R$ 0,20 por hora trabalhada. Por lei, o salário equivale a 220 horas mensais, o que daria, portanto, um acréscimo de no mínimo R$ 44. Esse reajuste, calculado em cima dos R$ 240, anunciado pelo governo para vigorar no próximo dia 1º de abril, daria o equivalente a US$ 100, em 2004. Essa sempre foi minha luta como deputado e continuará a ser a mesma como senador afirmou. Paim reconhece que US$ 100 não são suficientes para dar ao trabalhador e sua família as condições de vida previstas na Constituição, mas observa que os R$ 0,20 por hora, aplicados cumulativamente a cada ano, melhorará o poder aquisitivo dos trabalhadores, aposentados e pensionistas da Previdência. Ele afirmou sonhar com o salário mínimo ideal de R$ 1.300, mas entende que a economia brasileira dificilmente suportaria um valor desse nível nos próximos anos. Para o senador, em vez de gerar desemprego, o reajuste do salário mínimo acaba criando postos de trabalho. Em aparte, o senador Efraim Morais (PFL-PB) argumentou que os R$ 240 que o governo Luiz Inácio Lula da Silva anunciou não satisfazem seu partido, o PFL. "Vamos lutar pelo menos por um piso salarial de R$ 250", disse. Também em aparte, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) lembrou o esforço de Paim por um salário maior e garantiu que continuará ao seu lado na luta em defesa do trabalhador.