O Senado não vai apenas "carimbar" a proposta de reforma da Previdência já aprovada pelos deputados, e sim alterá-la naquilo que a maioria dos senadores achar necessário para atender aos legítimos interesses dos destinatários finais da reforma, que são os trabalhadores brasileiros, disse na sexta-feira o vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS). Paim, que apresentou 13 emendas à proposta, considera equivocada a tese de que o Senado não deve propor mudanças no texto. A seu ver, o Senado "tem que cumprir o seu papel" e aprofundar os debates em torno da proposta, a fim de que o texto final não venha prejudicar e retirar, principalmente, os chamados direitos adquiridos dos servidores públicos, ativos e inativos. O Senado tem que estabelecer um processo de negociação, de entendimento, para que a reforma previdenciária seja melhorada e atenda aos anseios da grande maioria dos trabalhadores alertou o senador gaúcho, ao comentar, uma a uma, as 13 emendas apresentadas por ele à proposta com o objetivo de preservar os direitos dos atuais servidores. Entre as emendas de iniciativa de Paulo Paim está a que retira do texto da reforma a exigência de contribuição de 11% para a Previdência pelos atuais servidores aposentados e pensionistas.