O senador Paulo Paim (PT-RS) lamentou a morte de Paulo Brossard, no domingo (12), aos 90 anos. Ele afirmou que o jurista sempre usou seu conhecimento em favor do povo brasileiro e da democracia. Paim destacou ainda que Brossard foi um homem dos três poderes, tendo atuado como ministro da Justiça, no Executivo; ministro do Supremo Tribunal Federal, no judiciário; e senador, no Legislativo. - Uma pessoa que era envolvida, inclusive, com os direitos humanos. Sempre usou seus conhecimentos, seu saber, na defesa de toda nossa gente, do povo brasileiro e na defesa da democracia como ninguém.  Acumulou quase sete décadas de vida pública. Atuando no Legislativo, foi uma das vozes mais fervorosas na luta pela democracia e na defesa do parlamentarismo - relatou. Eduardo Galeano Paulo Paim também lamentou a morte do escritor, historiador e jornalista uruguaio Eduardo Galeano, ocorrida nesta segunda-feira (13), aos 74 anos. Ele lembrou grandes obras do autor, como As Veias Abertas da América Latina e Memória do Fogo, e citou palavras de Galeano sobre a utopia. \\\"A utopia está no horizonte. Me aproximo dois passos, e ela se afasta dois passos. Caminho dez passos para frente, e ela corre dez passos mais para lá. Nunca a alcançarei. [Enfim, pergunta]. Para que serve a utopia? [E ele responde]. Para isso serve: para caminhar [caminhar e avançar].\\\" Terceirização Paim também relatou a audiência pública na Comissão de Direitos Humanos (CDH), mais cedo, sobre o projeto de regulamentação da terceirização, em fase final de votação na Câmara dos Deputados (PL 4.330/2014). O senador informou que, além dos convidados, participaram cerca de 700 pessoas pelos canais de interação, como o e-Cidadania, e nenhuma se manifestou a favor do projeto. Ele anunciou a realização de uma sessão temática sobre terceirização no Plenário do Senado e nova audiência na CDH. - Eu quero só que se faça o debate, que venham aqui o Ministério Público do Trabalho, os fiscais do Trabalho, as centrais, os empresários. Que venha o presidente do Tribunal Superior do Trabalho e vamos aqui mostrar o que significa [esse projeto] - disse. Em aparte, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) disse acreditar que os deputados \\\"não sabem exatamente o que votaram\\\", creditando a aprovação do texto-base do projeto, na semana passada, a uma disputa com o governo. - A terceirização é a escravidão branca, é o desejo maior dos bancos e das montadoras de automóvel para não pagarem os salários, para criarem uma categoria de funcionários absolutamente inferiorizados diante dos funcionários sindicalizados - afirmou Requião. Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)