Será instalada nesta quarta-feira (6), às 14h10, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar o assassinato de jovens no Brasil. No ato de instalação serão eleitos o presidente e o vice da comissão, e seu relator. Compõem a CPI, como membros titulares, a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), autora da proposição, além de Paulo Paim (PT-RS), Lindbergh Farias (PT-RJ), Roberto Rocha (PSB-MA), Ângela Portela (PT-RR), Telmário Mota (PDT-RR), Simone Tebet (PMDB-MS), Maria do Carmo Alves (DEM-SE) e Magno Malta (PR-ES). Como suplentes, participam os senadores Humberto Costa (PT-PE), Fátima Bezerra (PT-RN) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). — A CPI é extremamente importante porque irá garantir a investigação dessa situação que aflige a população brasileira, mães e pais de família que perdem seus filhos diariamente nas periferias das grandes cidades. As principais vítimas de morte violenta no Brasil são jovens entre 16 e 27 anos de idade. Trata-se de uma agenda extremamente importante para a juventude brasileira — afirmou Lídice da Mata. Na justificativa do requerimento da CPI, Lídice da Mata citou pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) que mostra que mais de 42 mil adolescentes, de 12 a 18 anos, poderão ser vítimas de homicídio nos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes entre os anos de 2013 e 2019. Isso significa que, para cada grupo de mil pessoas com 12 anos completos em 2012, 3,32 correm o risco de serem assassinadas antes de atingirem 19 anos de idade. A taxa representa um aumento de 17% em relação a 2011. Adolescentes negros têm quase três vezes mais chance de morrer assassinados do que os brancos. Outro fator é que a maioria dos homicídios é cometida com arma de fogo. De acordo com outro estudo, o Mapa da Violência 2014, em 2012 foram 473 mortes violentas de meninos entre 10 e 14 anos; e 9.295 adolescentes e jovens com idade entre 15 e 19 anos assassinados no Brasil, o que equivale a 28 mortes por dia. A instalação será na sala 15, da Ala Alexandre Costa do Senado Federal. Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)