O senador Paulo Paim (PT-RS) dá como certa a aprovação pelo Senado da proposta que permite ao trabalhador aplicar a chamada regra 85/95 em vez do fator previdenciário na hora da aposentadoria. Em pronunciamento nesta sexta-feira (15), ele fez um apelo para que a presidente Dilma Rousseff não vete o texto.— Presidenta, isso foi compromisso de campanha. Sinceramente, presidenta, eu não gostaria de trabalhar para derrubar esse veto — disse o parlamentar.Aprovada pela Câmara dos Deputados na noite de quarta-feira (13), a regra 85/95 prevê que a mulher poderá se aposentar quando a soma de sua idade com os 30 anos de contribuição for 85. No caso do homem, a soma da idade com os 35 anos de contribuição deve dar 95. Com essa regra, a aposentadoria seria integral em relação ao salário de contribuição.A mudança está prevista em emenda do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) à MP 664/14. Paim lembrou que em 2010, Senado e Câmara tentaram extinguir a norma por meio do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 2/10, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou essa parte da proposição por falta de acordo entre as centrais sindicais.— Hoje, [a fórmula 85/95] é unanimidade junto ao movimento sindical - assegurou Paim.TerceirizaçãoPaim também criticou o projeto de lei da Câmara (PLC 30/2015) que libera a terceirização nas atividades-fim das empresas, mas afirmou que é necessário legalizar a situação dos 12,5 milhões de terceirizados.IrãO senador gaúcho ainda pediu a libertação de sete seguidores da fé bahá\'í presos no Irã desde 14 de maio de 2008. Eles foram condenados a 20 anos de prisão.O governo iraniano afirma que a fé bahá\'í é, na verdade, uma organização política. Por isso, recusa-se a reconhecê-la como uma religião minoritária. Desde a Revolução Islâmica de 1979, centenas de bahá\'ís iranianos foram presos por causa de suas crenças religiosa.Agência Senado