O senador Paulo Paim (PT-RS) saudou o Dia Nacional da Defensoria Pública, defendendo o fortalecimento dessa instituição que garante aos mais pobres acesso à justiça, “por meio de um serviço de qualidade e inteiramente gratuito”. Ele lamentou, no entanto, que nem todos os brasileiros tenham hoje acesso a esse serviço, citando estudo que revela que, na Defensoria Pública da União, apenas 500 dos 1.270 cargos criados na instituição já foram preenchidos. Nos estados, municípios e Distrito Federal, até agora foram preenchidos apenas 5.054 dos 8.479 dos cargos de defensor público, lamentou Paulo Paim. - Esses 5.054 defensores públicos se desdobram para cobrir 28% das comarcas brasileiras, ou seja, na grande maioria das comarcas o Estado acusa e julga, mas não tem quem defenda os pobres. No Brasil, onde a desigualdade social é enorme, o fortalecimento da Defensoria Pública significa respeitar a dignidade da população mais carente. Dia contra a homofobia Ao saudar o Dia Internacional contra a Homofobia, comemorado no domingo (17), Paim afirmou não haver lugar para qualquer tipo de discriminação ou intolerância numa nação livre e democrática. Paim reforçou que a democracia não pode aceitar a intolerância e explicou que uma sociedade saudável é sustentada pelo respeito às diversidades e a convivência pacífica mesmo na diferença de opiniões. Isso impõe ao Estado a obrigação de tratar igualmente a todos, sem distinção, comentou o senador. - Não podemos e não devemos aceitar, no Brasil, a discriminação racial ou decorrente das orientações sexuais, ou religiosa de cada indivíduo. O preconceito de raça, por exemplo, aos afrodescendentes, e a intolerância àqueles que têm sua orientação sexual fere o direito de todos e de cada um e, consequentemente, a dignidade de cada existência. Por isso, reitero meu repúdio a toda e qualquer forma de intolerância. Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)