O caminho para o aumento da produtividade das empresas passa pela diminuição da taxa de juros e pelo controle do câmbio, mas não pela terceirização da mão de obra. O alerta foi feito pelo presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Ubiraci Dantas de Oliveira. Na sessão temática de debate sobre o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 30/2015, o sindicalista disse que os 12 milhões de terceirizados existentes hoje no Brasil sofrem com condições precárias e são tratados como trabalhadores de segunda classe. Se aprovado, advertiu, o projeto vai piorar ainda mais a situação. — Só peço a dignidade do tratamento igualitário. Se querem mais lucro e competitividade, vamos reduzir a taxa de juro e equilibrar o câmbio [...]. A situação é grave. Se continuar a escalada do desemprego, essa questão de terceirização ficará em segundo plano — afirmou. Ubiraci aproveitou para criticar as medidas provisórias 664 e 665, que fazem parte do pacote de ajuste fiscal promovido pelo governo. Ao modificarem regras para concessão de pensão e do seguro desemprego, as propostas atingem em cheios a viúva e os desempregados, segundo o presidente da CGTB. Ele conclamou a união de trabalhadores e empresários para que o Brasil possa crescer: — Temos povo maravilhoso e um empresariado competente, que não pode ser deixar levar pelo canto da sereia — alertou. Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)