O risco de se aumentar ainda mais o número de servidores terceirizados atuando no serviço público, caso o PLC 30/2015seja aprovado da forma em que está, foi alertado em Plenário nesta terça-feira (19) pelo vice-presidente da Central Sindical de Profissionais (CSB), Flávio Werneck. Em sessão temática de debate sobre o projeto, o sindicalista elogiou a iniciativa do Senado de abrir a discussão sobre a proposta, mas afirmou que a entidade é contrária à medida e classificou a proposta como “perniciosa”. - O Brasil é o único país do mundo onde a entrada e a saída de pessoas, de cargas e de veículos são controladas por funcionários terceirizados, sem o devido treinamento. Essas pessoas ganham cinco vezes menos que os efetivos, não têm o mesmo treinamento e ainda têm acesso aos dados pessoais de todos nós – criticou, acrescentando que o Tribunal de Contas da União já condenou a prática, mas não ordenou a troca e, por isso, o Ministério da Justiça não tomou nenhuma providência. Para Werneck, como o projeto não restringe a contratação de terceirizados, há o risco de que, com o tempo, a lei de terceirização acabe sendo a norma usada para contratação de pessoal no serviço público – que, segundo ele, já conta hoje com cerca de 20 milhões de trabalhadores terceirizados em seus quadros. Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)