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08.Julho
Sindicatos defendem novas regras para aposentadoria

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) ouviu ontem representantes de entidades sindicais, que reivindicaram o fim do fator previdenciário e novas regras de aposentadoria. Eles também pediram a aprovação, sem mudanças, da Medida Provisória 672/2015, que está na pauta do Plenário do Senado. A proposta, na forma como foi aprovada na Câmara dos Deputados, estende às aposentadorias e pensões a fórmula de reajuste do salário mínimo. A MP repete para os próximos anos as atuais regras de reajuste: variação do INPC do ano anterior mais crescimento do PIB apurado dois anos antes. O presidente da CDH, Paulo Paim (PT-RS), defendeu a aprovação da medida, quedeve ser votada no Plenário amanhã. — O Senado já votou, seria uma incoerência total o Senado agora não votar uma emenda, que vem da Câmara dos Deputados, que vai assegurar simplesmente o direito de termos uma política salarial definitiva para os aposentados que ganham mais que um salário mínimo — afirmou o senador. Valeir Ertle, secretário-adjunto de Organização e Política Sindical da Central Única dos Trabalhadores (CUT), disse que, se não passar a aplicaçãoda regra do salário mínimo às aposentadorias, é preciso definir outro critério paragarantir o poder de compra dessas pessoas: — A inflação do idoso não é a mesma inflação do trabalhador normal. Tem a questão dos remédios, do plano de saúde, que encarecem muito maispara um idoso e aposentado. Não dá para cada vez ficar mais achatado. O presidente do Sindicato os Aposentados, Idosos e Pensionistas da União Geral dos Trabalhadores (Sindiapi-UGT), Natal Leo, pediu a elaboração de uma política para os aposentados, nosmoldes do Plano Nacional de Emprego e Trabalho Decente, do Ministério do Trabalho. — Por que não temos uma política nacional de aposentadoria decente? É vergonhoso o que se faz com o aposentado brasileiro — disse Leo. Fonte: Jornal do Senado