Presença. Paim observa que o governo Lula tem cinco ministras Em nome do presidente do Senado, José Sarney, o vice-presidente Paulo Paim recebeu ontem participantes do I Encontro de Mulheres Parlamentares de Língua Portuguesa, que lutam para reafirmar sua presença política no mundo. Ao saudá-las, Paim informou que, no governo Luiz Inácio Lula da Silva, há cinco ministras, entre elas, duas negras. Ele lamentou que persista a desigualdade no mundo. A realidade nos países de vocês não deve ser muito diferente da realidade enfrentada no Brasil. Aqui, infelizmente, a mulher, na mesma função, recebe a metade do salário do homem. E a mulher negra é duplamente discriminada. Se a mulher branca recebe a metade do que ganha o homem, a mulher negra recebe a metade do que ganha a mulher branca, na maioria das posições disse o senador. A presença de mulheres no governo Lula foi apontada por Paim como um avanço na luta do Brasil para construir "uma sociedade igualitária, justa e efetivamente de inclusão". Ele definiu esse momento, em que as mulheres ganham mais espaço político e os negros, cotas nas universidades, como "um marco a partir do governo Lula". Também presente à audiência, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) afirmou que "o mundo está fazendo justiça às mulheres. A cada dia tem mais mulheres no poder. Vocês têm que brigar mesmo, porque sofreram muitos milênios de opressão", assinalou Suassuna. Uma das organizadoras do encontro, a deputada Maninha (PT-DF) disse que, além de reafirmar sua presença no mundo, as participantes desse evento se preocupam em reafirmar a presença da língua portuguesa. A senadora Angela Monson, do estado de Oklahoma (EUA), a deputada Margarida Talapa, de Moçambique, e o deputado Eduardo Joaquim, presidente da Assembléia de Moçambique, professaram sua fé na luta para intervir no mundo político, em busca do fortalecimento dos direitos da mulher.