Pesquisar no site
28.Julho
Paim constrói opção para presidente da República em 2018

RIO GRANDE do NORTE Quem acompanha, no entanto, a maratona do senador gaúcho Paulo Paim (PT) em uma cruzada em 27 Estados do País contra a terceirização percebe que ele pode ser uma opção do PT abalado por crises éticas. Há um vazio de liderança política no País. Esta evidência é retratada em pesquisas, que apontam o petista Luiz Inácio Lula da Silva (presidente por duas vezes) e o tucano Aécio Neves (candidato derrotado na última eleição) como os nomes mais lembrados caso o pleito fosse hoje. Este vazio de lideranças fortes tenta ser ocupado, de maneira oportunista, pelo presidente da Câmara (Eduardo Cunha) e pelo presidente do Senado (Renan Calheiros), ambos do PMDB. Como o oportunismo tem prazo de validade, estes dois senhores dificilmente alçarão voos maiores. Mas há movimentos! O PMDB diz que deseja a cadeira de Dilma três anos e meio antes da eleição de 2018, mesmo sem ter um nome que una todo o partido. Por isso, procura uma solução. Neste sentido, o senador José Serra (hoje filiado ao PSDB) pode voltar à velha casa para disputar mais uma vez a Presidência da República. No passado, tentou e foi derrotado pelo torneiro mecânico. Oito anos mais tarde, foi suplantado pela atual presidente Dilma. Mas o fato é que esta articulação pode dar certo, porque Serra tem espaço de menos dentro do PSDB e idade demais para ficar na fila, esperando a vez de Geraldo Alckimim e Aécio Neves. O PSDB, por sua vez, terá uma briga interna feroz para decidir ente Minas Gerais e São Paulo. O senador de Minas, Aécio, vive uma obsessão que só Freud explica, chegando a declarar ter sido eleito presidente, quando na verdade foi reeleito presidente nacional do seu partido. Dificilmente, o governador de São Paulo, Alckmin, que venceu a eleição no Estado mais rico do país, permitirá que o mineiro - que foi derrotado no Brasil e no próprio Estado, represente o PSDB em um momento que os tucanos acreditam que estão com “a mão na taça”. O PT passa por grande desgaste. Sua maior liderança é o ex-presidente Lula da Silva, que está sendo caçado no mundo real e nas redes sociais. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que pela importância da capital paulista tem projeção nacional, depende da própria reeleição para, só depois, pensar na eleição do ano de 2018. Quem acompanha, no entanto, a maratona do senador gaúcho Paulo Paim (PT) em uma cruzada em 27 Estados do País contra a terceirização percebe que ele pode ser uma opção do PT abalado por crises éticas. O senador Paulo Paim, que é considerado a reserva ética do Partido dos Trabalhadores e do Senado Federal, encarna um nome sintonizado pelas bases sociais. Ele esteve em Natal recentemente e reuniu dezenas de instituições contra o projeto 4330, mais conhecido como projeto de terceirização. Pessoas pediam para tirar fotos ao seu lado e gritos ecoavam: “Queremos o senhor na presidência do Brasil”. Depois que o entrevistei sobre o projeto de terceirização, lhe perguntei se era candidato a presidente do Brasil. Respondeu que “o futuro a Deus pertence”. Insisti: \"se Deus estiver de acordo, o senhor topa a parada?\". Ele respondeu: “Vá falando. Pode acontecer!”. Será?