AGÊNCIA SENADO Um dos principais defensores no Senado da proposta de estender a política de reajuste do salário mínimo para todos os aposentados e pensionistas da Previdência Social, o senador Paulo Paim (PT-RS) criticou, nesta quinta-feira (30), o veto da presidente Dilma Rousseff à medida aprovada pela Congresso. Poucas horas depois da publicação do veto no Diário Oficial da União, Paim escreveu pelo twitter: “ o reajuste para todos os aposentados seria pífio para as contas do governo federal, já que o PIB tem sido zero ou próximo de zero”. O senador disse que vai trabalhar pela derrubada do veto pelo Congresso. “O governo federal fala muito em diálogo. Por outro lado, uma de suas marcas é o veto a tudo que é aprovado pelo Congresso Nacional. O Congresso tem demonstrado coerência e independência. Agora, com esta situação, só resta derrubarmos o veto. Vamos trabalhar para isso. Gostaria muito de ajudar a governabilidade do nosso país. Mas, assim, fica cada vez mais difícil. Todo dia é uma surpresa negativa”, concluiu o senador petista. A extensão do benefício a todos os aposentados não estava no texto original da Medida Provisória 672/2015, que prorrogava até 2019 a política de valorização do mínimo, enviada ao Congresso Nacional pelo Palácio do Planalto em março. A regra foi incluída durante a tramitação do texto na Câmara dos Deputados. O Senado aprovou a MP em 8 de julho. Conforme o texto, agora convertido em Lei, estão mantidas as atuais regras de reajuste do salário mínimo para o período de 2016 a 2019. O salário mínimo atual é de R$788. O reajuste anual será baseado na variação do INPC acumulado no ano anterior, acrescido da taxa de crescimento real do PIB apurada dois anos antes.