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31.Julho
nem na ditadura se atacou tantos direitos trabalhistas

Reunidas centrais sindicais denunciaram o enorme avanço de ataques precarizantes das condições dos trabalhadores, pedindo greve geral para evitar situações graves como em países latinos onde a terceirização já atingiu a muitos. O Senador Paim afirmou que a falta de fiscais do Trabalho enquanto cresce o número de terceirizadas no país é cada vez pior para os trabalhadores e trabalhadoras brasileiras. Segundo senador, seriam necessários nove mil fiscais do trabalho, enquanto apenas duas mil atuam. Para o parlamentar nem a ditadura militar praticou tamanhos ataques contra os direitos dos trabalhadores brasileiros. No evento foi lida e aprovada a Carta de Roraima contra a terceirização. Como integrante da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, o senador Telmário Mota foi enfático ao pedir apoio da bancada de senadores de seu estado para garantir a defesa dos direitos dos trabalhadores. \"Parabenizo essa atitude do senador Paim de levar a CDH Senado a todos os estados, incluindo nossa Roraima.  Esperamos da nossa bancada federal que tenham o mesmo compromisso  que estamos tendo com os trabalhadores. Sabemos que é necessário terceirizar alguns setores, mas a forma que o Projeto propõe desrespeitando as leis trabalhistas não aceitamos porque prejudica a classe\", comentou. Ele pediu a consideração dos senadores do estado, Romero Jucá (PMDB-RR) e Ângela Portela (PT-RR) para juntos rejeitarem este projeto. Fabiano Xavier, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) de Roraima, afirmou que a precarização do trabalho em si leva a total prejuízo dos trabalhadores. \"Conquistas feitas até hoje seriam rasgadas com a CLT, conduzindo a condição de trabalho análogo escravidão\", disse. Prefeitura e estados terceirizam Representante do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintracon), Lourival Gomes, afirmou que são inúmeras as obras públicas que mais tem realizado terceirizações em obras do Estado e outras. \\\\\\\"Vemos inúmeras obras da perfeitura e governo estadual nessas condições\\\\\\\", defendeu o presidente do Sintracon. O deputado estadual Evangelista Siqueira (PT-RR) disse que a situação é uma perigosa inversão da relação capital trabalho. \\\\\\\"A aprovação do Projeto da terceirização acarretará uma inversão estrutural. Passaríamos a ter uma pequena camada de trabalhadores contratados por carteira assinada e uma maioria\\\\\\\", disse Evangelista. Ele lembrou que das 21 milhões de carteiras assinadas entre 2003 e 2014, 13 milhões foram de terceirizados.  O sindicalista Antonio Fernandes Neto, da CSP Conlutas, denunciou que os funcionários e professores das Universidades Federais, e também de Roraima, estão em greve por já sofrerem esse tipo de precarização. \\\\\\\"Podemos chegar a problemas graves como no caso de alguns países da América Latina que passam trabalhando em inúmeros empregos para poder se sustentar\\\\\\\", denunciou. Ele afirmou que há o perigo de América Latina tornar-se uma China. Ele denunciou também a situação Argentina, onde trabalhadores chegam a ser contratados por dia em multinacional, que já está no Brasil também. Na Colômbia a situação se repete. \\\\\\\"É isso que estamos discutindo. Isso nos leva a pensar em que tipo de resposta vamos dar. Não dá para tapar um ferimento enorme como a terceirizção com um \\\\\\\'bandeid\\\\\\\'. Tem que ser resposta muito forte. É greve geral\\\\\\\".  O sindicalista e condutor de ambulâncias, Robson Avelino, disse que as condições de trabalho de sua categoria em Roraima são muito complicadas. \\\\ \\\"Sem EPI (Equipamentos de Proteção Individual), salário mínimo e sem direitos. O Senador Paulo Paim lembrou com tristeza os acidentes de trabalho como muitos de seus colegas metalúrgicos, em funções insalubres, periculosas e penosas, e a importância dos EPI.  O deputado estadual Soldado Sampaio (PCdoB-RR) disse que além da terceirizção há muitos outros atentados aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. \\\\\\\"Esse pacote de maldades hoje liderado por Eduardo Cunha prejudica a sociedade de fato. Não é só o PLC 30, mas vários outros pontos. Esperávamos uma reforma política de fato e saiu aquilo que saiu da Câmara\\\\\\\", disse. Com informações da CDH Senado