Pesquisar no site
18.Junho
Paulo Paim: negros defendem estatuto

No exercício da presidência do Senado, o senador Paulo Paim (PT-RS) recebeu, sexta-feira, do Comando de Mobilização contra a Reforma da Previdência, uma carta contra a proposta do governo em tramitação no Congresso. "Entendo que o pleito é justo", afirmou Paim, prometendo que, no Legislativo, as 11 entidades que integram o comando terão todo o espaço necessário para discutir o teor da reforma. Paim disse entender a indignação dos servidores, entre outros pontos porque a reforma proposta acaba com a paridade de remuneração entre servidores ativos e inativos, não tem regra de transição, termina com o princípio da integralidade e pune os servidores aposentados, "muitos deles há nove anos sem reajuste". – O fundo de pensão é muito perigoso na forma como está proposto – disse o senador Paim, indagando quem pode garantir que os fundos de previdência complementar não vão quebrar depois de 30 anos, como aconteceu na França – salientou. Paulo Paim informou ter recebido documentos de movimentos sindicais da França, Estados Unidos e Portugal, todos alertando sobre os riscos da reforma previdenciária em discussão no Brasil. – Há enorme preocupação, e o que os servidores estão pedindo é mais do que justo e democrático. Eles querem espaço para discutir e achar outro caminho, para que se faça uma reforma previdenciária que garanta aposentadoria digna para o trabalhador da área pública e da área privada – assinalou. Coordenador das Entidades de Servidores Federais, Vicente Neto afirmou ao senador Paim que "a proposta do governo federal foi surpreendente e a expectativa dos servidores públicos é que se freie a tramitação da reforma para que a sociedade possa discuti-la".