A imagem de Aylan Kurdi, o menino sírio de três anos de idade que morreu afogado no Mediterrâneo e foi encontrado em uma praia turca, causou consternação em todo o mundo e chamou a atenção para o drama dos refugiados. Assim como Aylan e sua família, milhares chegam às fronteiras europeias fugindo de guerras, pobreza e violência, em sua maioria, oriundos de regiões do Oriente Médio e da África. Em pronunciamento nesta sexta-feira (11), o senador Paulo Paim (PT-RS) comparou a crise com a Segunda Guerra Mundial e lamentou o fato de que alguns países europeus estejam se recusando a receber essas pessoas. — É hora de a Europa dizer ao mundo que aprendeu com a sua própria tragédia e abrir suas portas àqueles que tanto necessitam e a ela fazem um apelo. Do contrário, estará passando uma triste mensagem ao resto do mundo, isolando-se e negando os princípios dos direitos humanos que ajudou a fundar e difundir — argumentou. De acordo com o Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), há mais de 60 milhões de pessoas deslocadas de seus países de origem por conta da fome, da miséria e da guerra, conflitos étnicos, perseguições políticas ou crises econômicas. O senador destacou que o Brasil tem facilitado a entrada e permanência de refugiados, principalmente sírios. Desde 2013, uma Resolução do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), ligado ao Ministério da Justiça, simplificou os requisitos para garantir abrigo a pessoas que fogem de guerras. — Hoje, temos 8,4 mil refugiados em solo brasileiro, dentre os quais 2.077 são sírios. Há apenas 4 anos, o número de refugiados não passava de 4 mil. O Brasil mais que dobrou o acolhimento de refugiados por causa da situação de desespero dessas famílias e do apelo da ONU — registrou. Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)