O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou que dia 20, domingo, marca os 180 anos da Revolução Farroupilha, revolta gaúcha iniciada em 1835 devido, ressaltou o senador, a uma situação semelhante à atual: cobrança excessiva de impostos, que deixava o setor produtivo e o estado do Rio Grande do Sul sufocados. A República Rio-Grandense chegou a ser proclamada, mas a Revolução Farroupilha não resistiu e chegou ao fim em 10 anos. Paulo Paim reclamou que ainda hoje a União fica com a maior parte do dinheiro dos impostos arrecadados. Além disso, tem o problema do endividamento estadual. O Rio Grande do Sul, por exemplo, no final dos anos 90, devia R$ 9,7 bilhões, já pagou R$ 22 bilhões, mas o governo gaúcho ainda deve R$ 50 bilhões. Isso tudo tem que mudar - advertiu Paim nesta quarta-feira (16) em Plenário. - Os poderes constituídos devem um novo Pacto Federativo ao povo brasileiro. Quase 70% da arrecadação nacional fica ainda nos cofres da União. É vexatório o beija-mão de governadores, prefeitos, deputados, senadores, vereadores nos palácios de Brasília. Isso não pode continuar. os recursos devem ser descentralizados,  devem estar vinculados à responsabilidade social e ambiental dos gestores públicos. Paim também destacou que a Federação de Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Sul pede aos senadores que intercedam junto ao governo federal e aos servidores da Previdência para que se cheguem a um acordo que acabe com a greve da categoria. Devido à paralisação, trabalhadores rurais e pequenos produtores estão completamente desassistidos em caso de doença, benefício, morte e aposentadoria, lamentou o senador. Democracia Paulo Paim ainda lembrou que esta terça, 15 de setembro, foi o dia internacional da democracia. - As crises passam e a democracia acaba sempre saindo fortalecida. Estamos, mais uma vez, vivendo um momento de crise e de desafio, mas a nossa estrutura democrática há de continuar firme e mais viva do que nunca - comentou o senador. Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)