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21.Setembro
Paim será o relator do PLC da terceirização

Otto Alencar anuncia relatoria do PLC da terceirização na Agenda Brasil para Senador Paim Em audiência pública sobre a terceirização na Assembleia Legislativa da Bahia, na última sexta-feira (18), o senador Otto Alencar (PSD-BA) anunciou a disposição, enquanto presidente da Comissão Especial da Agenda Brasil, de passar a relatoria do Projeto de Lei da Câmara nº 30 de 2015 para o senador Paulo Paim (PT-RS). Alencar anunciou já ter mantido entendimento com o relator Blairo Maggi (PMDB-MT) o entendimento. O senador Paim celebrou a disposição dos três senadores baianos em rejeitar o Projeto de Lei número 30 de 2015. Ele destacou a importância da presidência do senador Otto Alencar (PSD-BA) que preside a Agenda Brasil. \\\\\\\"Vou estar lá todo dia, me indiquem para a Comissão ou não. Mas agradeço a compreensão do senador Otto e Blairo pela minha indicação\\\\\\\", afirmou Paim. Otto Alencar agradeceu a deferência de Paim, definido por ele como um \\\\\\\"Ficha limpa\\\\\\\" como o Brasil tanto clama, em relação ao senador gaúcho. \\\\\\\"Nesta questão trabalhista falei com Blairo Maggi (PMDB-MT) e Paim será o relator\\\\\\\", reafirmou Alencar. Ele afirmou ter sido contra o projeto da terceirização desde sua votação na Câmara. \\\\\\\"Se der para melhorar que melhore, mas se não que seja rejeitado da forma como está\\\\\\\", disse o senador baiano. \\\\\\\"Li o projeto da forma como está na Câmara e do jeito que vem não aceito e vou rejeitar, já que pode piorar o ganho dos trabalhadores brasileiros e ainda enfraquecer a representação trabalhista e os sindicatos\\\\\\\", afirmou o senador. Ele pediu responsabilidade dos dirigentes sindicais com a crise do país neste momento, seja política, econômica ou ética-moral. \\\\\\\"Temos três crises em curso, a ética-moral que está sendo resolvida pela Justiça e Ministério Público, a crise política pelo desentendimento entre Congresso Nacional e Governo Federal. Se não tvier uma ação boa do entendimento dos moderados não teremos decisões supremas por parte daqueles que querem incendiar o Brasil com propostas totalmente contrárias à democracia. Vamos lutar para que não prevaleça o golpe\\\\\\\", afirmou o senador. Movimentos contra a terceirização Representantes dos sindicatos fizeram questão de denunciar as mazelas da terceirização, como nas demais 14 audiências já realizadas. O representante da Consulta Popular, Mário Soares Neto, denunciou o caráter histórico de medidas como a terceirização, que começou a ser implementada com medidas do regime militar durante a ditadura no Brasil. Para ele, uma medida intervencionista dessa natureza deve ser rechaçada como o foi o autoritarismo. \\\\\\\"O que os banqueiros, o agronegócio e os industriais defendem tem por objetivo de destruir a classe trabalhadora, é uma invenção de um Estado de exceção, da ditadura militar com decretos 1212 e 1216 do Governo Castelo Branco, no processo de abertura da vigilância do setor bancário internacional. Teve por objetivo a perseguição da classe trabalhadora com o que chamaram de reforma administrativa na ditadura, mas que de reforma não teve nada, foi só um meio de permitir a perseguição à classe trabalhadora\\\\\\\", defendeu Mário Neto, fazendo referência a facilidade de demissão de trabalhadores terceirizados, ao contrário da estabilidade do serviço público. Para a juiza Rosemeire Fernandes, presidenta da Associação de Magistrados do Trabalho da Bahia (Amatra), a terceirização deve ser regulamentada mas não pode seguir como prática para aumento do lucro sem garantia de direitos. \\\\\\\"A Anamatra é contrária à terceirização ampla e irrestrita\\\\\\\", afirmou.