O senador Paulo Paim (PT) ameaçou sair da base de apoio ao governo caso fosse confirmado que a proposta que garante a supremacia de acordos coletivos sobre a legislação trabalhista tivesse saído do Palácio do Planalto. \"Se foi o governo que pressionou, estou fora do governo. Se isso for verdade, vou para a oposição. Tudo tem limite. Espero que não seja verdade. Quero que o governo diga\", afirmou o gaúcho. A ameaça não durou muito. Pouco tempo depois, o ministro do Trabalho e Previdência, o também gaúcho Miguel Rosseto (PT), disse que a emenda não tem apoio do governo.Voto covardePouco depois de Rosseto ter afirmado que o governo não apoia a emenda, Paim apontou as armas para o seu autor, o deputado Darcísio Perondi (PMDB). \"Perondi, você não vai revogar a CLT. Você só revoga ela por cima do meu cadáver\", afirmou o senador. Paim também chamou de \"covarde\" quem votar a favor dessa emenda. \"Tem que ser muito covarde para votar favoravelmente a uma posição dessa, revogando um direito dos mais pobres, que são os assalariados do Brasil.\" JORNAL do COMÉRCIO – Edgar Lisboa