Em pronunciamento nesta sexta-feira (16), Dia Mundial da Alimentação e véspera do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, o senador Paulo Paim (PT-RS) destacou os avanços do Brasil e do mundo no combate à fome e a miséria e defendeu a manutenção de programas de transferência de renda como o Bolsa Família. Segundo relatório de 2015 publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU), disse Paim, a extrema pobreza teria recuado significativamente nas últimas duas décadas. Em 1990, quase metade da população dos países em desenvolvimento vivia com menos de US$ 1,25 por dia, enquanto que, em 2015, essa proporção teria caído para 14%. No mesmo período, acrescentou o senador, o número de pessoas vivendo em extrema pobreza teria recuado de 1,9 bilhão para 866 milhões. Entretanto, a própria ONU reconhece, segundo o parlamentar, que não se pode desconsiderar o fato de que para quase um bilhão de pessoas a situação permaneceu inalterada. — De fato, os dados divulgados pela ONU revelam que, a cada oito indivíduos, pelo menos um não tem acesso regular a quantidades suficientes de alimento para suprir suas necessidades diárias. Além disso, mais de 100 milhões de crianças continuam em estado de desnutrição, enquanto 165 milhões são raquíticas - observou. No Brasil, a pobreza extrema foi reduzida a um sétimo do que significava em 1990, destacou Paim. — Segundo Alan Bojanic, representante da FAO [órgão da ONU para a Agricultura e a Alimenação] no Brasil, o Bolsa Família e o Brasil Sem Miséria são as principais políticas responsáveis por essa conquista. Outro estudioso, além de referendar essas duas questões, reafirma de novo a importância do salário mínimo – assinalou Paim. Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)