O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou a Marcha das Mulheres Negras, ocorrida na semana passada em Brasília, na qual manifestantes de todo o país cobraram a igualdade de direitos e o fim do preconceito racial. Ele lembrou que o movimento foi idealizada em Salvador, em encontro paralelo da sociedade civil, por ocasião do Encontro Afro 21, que reuniu representantes de afrodescendentes iberomericanos.Paim sublinhou que as mulheres negras representam 25% da população, ou cerca de 50 milhões de mulheres, e são as mais vulneráveis na implantação de políticas públicas.Elas ocupam posições precárias e informais, em comparação às demais mulheres, e o salário que recebem é 40% em média inferior àquele pago às que não são negras, disse Paim.— As mulheres negras falam, caminham, marcham, porque elas querem, sim, estar nos espaços de poder, vamos todos marchar, marchar para aumentar o nível de consciência, marchar pela implantação, marchar pelo respeito, marchar pela vida, marchar contra a violência, marchar pelo combate ao racismo, marchar para que todos possam viver bem - discursou nesta segunda-feira (29) em Plenário.Paim lembrou que em 20 de novembro, na última sexta-feira, foi comemorado o Dia da Consciência Negra. Ele sublinhou que a sociedade precisa discutir e combater o preconceito, o racismo e qualquer outro tipo de intolerância.— 20 de novembro simboliza a resistência, simboliza a perseverança e a luta permanente em busca da paz mundial — declarou.Paim lembrou ainda que, no dia 26 de novembro, será entregue no Senado a Comenda Abdias Nascimento a sete personalidades que contribuíram ou ainda contribuem para a proteção e promoção da cultura afrobrasileira.Agência Senado