Está doendo até agora, diz petista que votou por manter Delcídio preso - Política - Estadão BRASÍLIA - Em troca de mensagens por um aplicativo de telefone, os senadores petistas Paulo Paim (RS) e Walter Pinheiro (BA) mostraram-se consternados mesmo depois de terem votado pela manutenção do colega de partido e líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (MS), preso após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Paim e Pinheiro foram os únicos da bancada que contrariaram a orientação da bancada e defenderam que Delcídio deveria permanecer em detenção preventiva durante votação ontem à noite no plenário do Senado. Entrevista - Estou perplexo com denúncias contra Delcídio - CBN - OUÇA - http://cbn.globoradio.globo.com/programas/jornal-da-cbn/2015/11/26/SENADOR-DO-PT-QUE-VOTOU-POR-PRISAO-DE-DELCIDIO-AMARAL-FAZ-DEFESA-DO-VOTO-ABERTO.htm \\\\\\\"Foi duro, mas foi acertada a nossa posição\\\\\\\", disse Walter. \\\\\\\"De fato, está doendo até agora\\\\\\\\\\\\\\\", respondeu Paim, ao acrescentar à mensagem um coração partido. Por 59 votos a favor, 13 contra e uma abstenção, os senadores entenderam numa votação aberta que Delcídio tem de permanecer preso. Ele é suspeito de tentar evitar que o ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró o implicasse numa delação premiada da Operação Lava Jato. Nesta quinta-feira, 26, Paim disse que, diante das evidências reveladas pela documentação encaminhada pelo Supremo ao Senado, \\\\\\\"não tinha alternativa\\\\\\\" se não a manutenção da pena do colega de bancada. \\\\\\\"Ninguém aqui contestou o dossiê, infelizmente é lamentável o documento que chegou aqui, ficamos constrangidos e perplexos\\\\\\\", disse o senador, ao destacar que a Casa não queria criar obstáculos para que o Supremo realizasse as investigações. Paim, que também defendeu a votação aberta para decidir o futuro do colega, definiu clima no Senado como de \\\\\\\"tristeza e constrangimento\\\\\\\". Um dos raros senadores na Casa hoje, o senador sugeriu que Delcídio se licencie por 120 dias do mandato de senador para se defender. \\\\\\\"Por mais duro que a gente seja numa hora dessas, é legítimo o direito dele de defesa\\\\\\\", disse. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ainda não apareceu na Casa nesta quinta e está em conversas com aliados para discutir o que fazer com o caso envolvendo o petista - ele poderia mandar, por conta própria, um pedido para o Conselho de Ética, como acaba de sugerir o PSDB. Desfiliação. Paim disse que pedirá até o final do ano a desfiliação do PT, mas afirmou que só vai decidir um novo partido em 2016. Disse que o caso envolvendo Delcídio não influenciou sua decisão. Com Estadão