Autor, quando era deputado, do Projeto de Lei nº 3.561, de 1997, que institui o Estatuto do Idoso, o senador Paulo Paim afirmou sexta-feira no Plenário que a proposta vai beneficiar cerca de 20 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. O texto foi aprovado por unanimidade pela Câmara dos Deputados na quinta-feira e entregue na sexta para apreciação do Senado. Paim destacou que foram dez anos de debates, desde a preparação do projeto, dos quais cinco com diversos representantes da sociedade civil. Disse que a votação foi possível depois que o presidente Lula deu "sinal verde" para que o projeto fosse aprovado. E contou como foi a negociação na etapa final de tramitação do estatuto. Começou, segundo Paim, num encontro seu com o líder do PT, senador Tião Viana (AC), que encaminhou um pedido ao presidente da Câmara, João Paulo Cunha, para apressar a votação. A reivindicação, continuou Paim, chegou à Casa Civil pela liderança do governo na Câmara e, depois, foi submetida ao crivo presidencial. O autor da proposta fez vários elogios ao relator, deputado Silas Brasileiro, que esteve presente à sessão do Senado sexta-feira. Ressaltou que o texto original com 50 artigos foi bastante modificado, chegando ao final com 123 artigos expressos na subemenda do relator, e que, mesmo assim, o deputado sempre atribuiu a autoria da proposta a ele, Paim. Em aparte, Pedro Simon (PMDB-RS) pediu que o Senado apresse a votação, pois a matéria "dignifica" a Casa, e informou a disposição de Sérgio Cabral (PMDB-RJ) de que uma proposta para o idoso de sua autoria tramite em conjunto com o projeto aprovado na Câmara. O texto também foi elogiado por Leonel Pavan (PSDB-SC). "O estatuto contribui para fazer um Brasil maior e mais justo", afirmou.