Assista - https://youtu.be/ZlTQpJ9WYvw O senador Paulo Paim (PT-RS) protestou, na tribuna do Senado na manhã desta sexta-feira (12), contra os recentes reajustes dos planos de saúde. O parlamentar informou que vai realizar uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos (CDH) para tratar do assunto, em razão dos \"valores exorbitantes e proibitivos que vêm sendo cobrados pelas operadoras\". De acordo com o senador, os aumentos dos planos têm ficado sempre acima da inflação e dos reajustes do salário mínimo. E a situação, segundo ele, é ainda pior no caso dos planos coletivos, que são a maioria dos comercializados no país. Dos mais de 50 milhões de beneficiários, somente 10 milhões têm contratos individuais. Entre maio de 2014 e abril de 2015, o salário mínimo aumentou 8,84%; o IPCA, 8,17%; e as mensalidades dos planos individuais de saúde 13,55%. Já os planos coletivos, no mesmo período, reajustaram seus contratos em patamares superiores a 20%. “Houve caso de plano que submeteu seus participantes a um aumento de 150%. Isso mesmo: um reajuste, anual, de 150%”, disse o senador. “É impagável. Ninguém consegue mais pagar. A situação é de desespero para milhões de pais de família. Saúde é um dos setores com os quais a administração pública não pode brincar. Qualquer descuido e os reflexos sobre a sociedade são devastadores”, afirma. Em aparte, o senador José Medeiros (PPS-MT) cobrou atuação do órgão regulador do setor, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e lembrou que boa parte dos clientes das seguradoras acabam migrando para o atendimento público. “E as empresas fazem o diabo para não pagar o SUS, o que prejudica o sistema inteiro”, lamentou. Agência Senado / Assessoria.