Desde 2004, os planos de saúde são reajustados acima da inflação. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2013, o IPCA foi de 5,91%, enquanto os planos subiram 8,73%. Entre maio de 2014 e abril de 2015, o salário mínimo aumentou 8,84%; o IPCA, 8,17%; e as mensalidades dos planos individuais de saúde 13,55%. Já os planos coletivos, no mesmo período, reajustaram seus contratos em patamares superiores a 20%. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tentou dar um basta nos aumentos abusivos e fixou em 13,55% o reajuste máximo. A regra incide sobre 8,6 milhões de segurados que optam por um plano individual, ou 17% do total. O problema que o grosso dos assinantes opto por um plano coletivo. Aí não há limite. A maioria das seguradoras optou por reajustar em 30% a 40%. Houve casos em planos coletivos que o aumento foi de 150%%. Um absurdo.Desespero nas famíliasO senador Paulo Paim (PT-RS) prometeu discutir o assunto na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado. “Valores exorbitantes e proibitivos vêm sendo cobrados pelas operadoras. É impagável. Ninguém consegue mais pagar. A situação é de desespero para milhões de pais de família. Saúde é um dos setores com os quais a administração pública não pode brincar. Qualquer descuido e os reflexos sobre a sociedade são devastadores”, disse. Ele prometeu chamar os representantes dos planos e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para saber o porquê dos aumentos JORNAL do COMÉRCIO – Edgar Lisboa