O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou novamente, na sexta-feira, o compromisso do governo, reforçado na véspera pelo ministro da Coordenação Política e Assuntos Institucionais, Aldo Rebelo, de votar na Câmara dos Deputados a PEC paralela da Previdência. Paim destacou que Rebelo confirmou que o governo honrará todos os compromissos assumidos com o Senado. Queremos simplesmente que se cumpra o acordo. Não estamos exigindo nada. Queremos o melhor relacionamento possível entre a Câmara, o Senado e o Poder Executivo. Ontem, mais de 30 senadores pediram que o acordo seja cumprido na íntegra. O ministro foi muito claro, disse que o governo vai cumprir. Pediu apenas tolerância para poder haver articulação junto com à Câmara, respeitando a autonomia daquela Casa afirmou. O vice-presidente do Senado destacou que a proposta garante aos servidores direitos importantes, como a paridade, para que aposentados tenham os mesmos reajustes que trabalhadores da ativa. O senador destacou também que a aprovação da PEC paralela corrige uma injustiça, pois garante que quem começou a trabalhar mais cedo não seja prejudicado. "A PEC paralela diminuirá em um ano a idade mínima de aposentadoria para cada ano que exceder o tempo de contribuição normal", explicou. Cobrança O senador contou estar recebendo "milhares" de e-mails questionando o baixo índice de reajuste concedido aos servidores. Para Paim, a aprovação da PEC 77 (227 na Câmara) é fundamental para garantir a recomposição dos salários. O parlamentar lembrou os inconvenientes com a demora na aprovação da paralela. Ele citou como exemplo os fiscais do trabalho assassinados em Unaí (MG). "As viúvas não terão direito à paridade, que lhes será assegurada apenas com a aprovação da PEC 77", afirmou.