Morto há 56 anos, o líder indiano Mahatma Gandhi foi homenageado ontem pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que destacou a luta do pacifista em prol da superação dos desafios da pobreza e da diversidade de raças e de castas e da libertação da Índia do império britânico. Paim assinalou a importância do método de mobilização adotado por Gandhi a não-violência. E observou que os protestos e demais ações pacíficas inspiraram outros líderes, entre os quais destacam-se o presidente do Congresso Nacional Africano em 1961, Albert Lutuli, e o responsável principal pelas campanhas em prol dos direitos civis nos Estados Unidos nos anos 60, Martin Luther King. Gandhi recebeu o título de Mahatma, que significa "a grande alma", por sua dedicação às causas de seu povo, que se iniciaram com a defesa dos direitos dos indianos que viviam na África do Sul. Ironicamente, o líder foi morto por um compatriota insatisfeito com seu apoio à criação de um Estado muçulmano (o Paquistão), como forma de evitar conflitos entre indianos e muçulmanos após a retirada das forças britânicas do país. Que o espírito de Gandhi baixe em Brasília, a fim de que não prevaleça o "prendo e arrebento" e a decisão de expulsar insatisfeitos disse Paim, referindo-se ao tratamento dispensado pelo governo e pelo PT aos parlamentares que foram contra a proposta de reforma da Previdência. Paim lembrou o exemplo de Gandhi para cobrar do governo o cumprimento do acordo feito no fim do ano passado para a votação na Câmara da proposta de emenda à Constituição 227/04 (PEC paralela).