ntegrantes de centrais sindicais debateram ontem as possíveis reformas da Previdência Social. A audiência pública foi promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislativa do Senado, presidida pelo senador Paulo Paim (PT), e ocorreu no Centro de Eventos Casa do Gaúcho, em Porto Alegre.
Uma carta do Estado foi formulada para ser levada a Brasília e se somará às cartas de outros estados sobre o mesmo assunto. Além disso, outras audiências públicas serão realizadas nas cidades de Passo Fundo, Pelotas, Santa Rosa, Caxias do Sul, Santa Maria e Alegrete.
O senador Paulo Paim destacou que o mais preocupante é a unificação da idade mínima de 65 anos para aposentadoria, desvinculação do benefício básico do salário mínimo e a passagem do Ministério da Previdência para a responsabilidade do Ministério da Fazenda. “Com isso, estarão muito mais preocupados com a questão numérica do que com a responsabilidade social”, defendeu. Estiveram presentes ao encontro a CTB, a CUT, a UGT, Nova Central, Intersindical e Força Sindical. “É necessário que se forme uma pressão”, disse o deputado estadual Altamir Tortelli (PT).
O diretor do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Unicamp, professor Denis Gimenez, avaliou que a viabilidade da Previdência foi colocada em todos os mandatos nos últimos anos. “O que está em jogo é a disputa pelo orçamento público. A Previdência não foi pensada isoladamente, foi integrada ao sistema de seguridade social”, afirmou o professor. “Neste momento em que lutamos pela democracia, é preciso defender a seguridade social, que é parte dessa defesa, independente do partido”, observou.
CORREIO do POVO