A proposta de liberar a terceirização no mercado de trabalho, defendida pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, como uma das prioridades legislativas do governo Temer, encontra dificuldades para tramitar no Senado.
O relator do projeto, Paulo Paim (PTRS), disse haver resistência de senadores ao texto aprovado em abril do ano passado na Câmara dos Deputados. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), quer rever a possibilidade de terceirizar a atividade-fim, aquelas ligadas ao objetivo principal da empresa.
“Não percebo nos senadores essa ânsia de aprovar um projeto que deixa terceirizar a atividade fim. Isso aí é o fim do mundo. O que ouço é pela formalização, legalização e melhoria de vida dos cidadãos terceirizados. São 13 milhões de pessoas”, disse Paim.
Na semana passada, Padilha defendeu rapidez na análise da proposta e disse que a reforma trabalhista está entre as prioridades do presidente interino, Michel Temer. Mas não há articulação no Senado para aprovar o projeto. O líder do governo na Casa, Aloysio Nunes (PSDBSP), até o momento não foi orientado a acelerar a tramitação do texto.
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