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06.Julho
Senado celebra com seminário o primeiro aniversário do Estatuto da Pessoa com Deficiência

O seminário que celebrou o primeiro ano do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015) reuniu nesta quarta-feira (6), representantes de entidades de pessoas com deficiência de todo o país. Assim como de todos os relatores da proposta, tanto na Câmara dos Deputados como no Senado. O evento foi promovido pela Comissão de Direitos Humanos, a pedido do presidente do colegiado, Paulo Paim.

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Autor do projeto que resultou no Estatuto, Paulo Paim lembrou que deficiência não significa incapacidade e que as pessoas estão reconstruindo sua história com o Estatuto da Pessoa com Deficiência.

- A sociedade precisa compreender que a pessoa com deficiência não é apenas uma pessoa com deficiência. Ela é um estudante, um trabalhador, um motorista, um pai, uma mãe, um consumidor, um contribuinte, um eleitor, um atleta, uma pessoa em todos os papéis. E é assim que ela deve ser compreendida e tratada - salientou Paim.

O senador Romário (PSB-RJ), lembrou que quase um quarto da população brasileira tem algum tipo de deficiência.

- A deficiência que causa mais mal e a mais destrutiva é a exclusão. A ideia de inclusão, na verdade, implica criar as condições para que cada um assuma um papel ativo dentro da nossa sociedade. Possuir uma deficiência não é sinônimo de incapacidade. Não é raro que o preconceito e a discriminação sejam o maior impedimento à autonomia das pessoas com deficiência - afirmou Romário.

São diversos os tipos de deficiência que acometem os brasileiros. E também são diferenciadas as necessidades de cada pessoa e família, observou o ex-senador Flávio Arns, que foi relator do projeto de lei entre 2003 e 2006. Arns ressaltou que o Estatuto da Pessoa com Deficiência conseguiu incluir a diversidade dessas pessoas, mas reconhece que nem todas ainda usufruem dos seus direitos.

- Colocar toda a população na mesma situação não é justo, porque a população é variada. Foi um avanço extraordinário, porém, ao mesmo tempo precisamos trabalhar para concretizar os direitos - recomendou o ex-senador.

Para que as pessoas sejam beneficiadas, de fato, com o Estatuto da Pessoa com Deficiência, o advogado-geral da União, Flávio Medina Osório, propôs mais cobrança às autoridades.

- É necessário que o cidadão cobre os seus direitos. É necessária a conscientização e a efetivação desses direitos - disse Flávio Osório.

Os debates do seminário serão compilados em um livro em celebração ao primeiro ano do Estatuto da Pessoa com Deficiência. 

Fonte: Agência Senado/Assessoria