Em debate presidido pelo
senador Paulo Paim (PT/RS) na Universidade Federal do Espírito Santo, nesta
sexta-feira, 08, o PLC 30/2015 que garante a terceirização para atividades fins
foi duramente criticado por sindicalistas, líderes sociais e representados do Ministério
Público do Trabalho. O evento foi organizado pela Comissão de Direitos Humanos
do Senado.
Paim alertou que os
trabalhadores terceirizados vivem em situação análoga à escravidão, com alto
número de acidentes de trabalho, baixos salários e poucos direitos.
— Em
cada dez acidentes de trabalho, oito ocorrem em empresas terceirizadas. O
salário nessas empresas é 30% inferior ao normal. Os terceirizados trabalham,
em média, três horas semanais a mais e permanecem menos tempo no emprego. Precisamos
garantir aos 13 milhões de terceirizados os mesmos direitos que hoje os trabalhadores
contratados pela CLT possuem —argumentou.
Paulo Paim
lembrou que há outros embates no Congresso Nacional, como o negociado sobre o
legislado e a retirada de direitos dos aposentados e pensionistas.
— Precisamos
estar unidos para combater este movimento conservador que assola o país. O
movimento social precisa ir às ruas para defender suas conquistas — alertou o
senador gaúcho.