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01.Setembro
Paim condena proposta de reforma trabalhista e sindical

Contrário à reforma da legislação sindical e trabalhista pretendida pelo governo, o senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que foi com esse ordenamento jurídico que os trabalhadores chegaram ao poder no Brasil, elegendo vereadores, prefeitos, deputados, governadores, senadores e, principalmente, o ex-sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República.– Parece-me que o sistema que nos foi deixado por Getúlio Vargas não é tão ruim como alguns apregoam – disse o parlamentar, ao referir-se à recente realização do Fórum Sindical dos Trabalhadores, que reuniu lideranças sindicais para discutir os direitos trabalhistas.Paim declarou que o objetivo principal do encontro foi marcar posição contra a reforma da legislação sindical e trabalhista "tramada à revelia das lideranças e com ameaças aos direitos que os trabalhadores conquistaram no século passado".De acordo com o senador, a jornada de trabalho no Brasil é uma das mais elevadas do mundo e não encontra paralelo em países de situação econômica semelhante. Como exemplo, informou que, enquanto o operário brasileiro trabalha em média 2.100 horas ao ano, na Holanda esse número cai para 1.400 horas.– A situação reclama uma solução urgente porque vem fazendo com que o Brasil apresente, desde 1990, uma perversa combinação de aumento do tempo de trabalho e redução salarial com maiores ganhos de produtividade. Ou seja, o trabalhador trabalha mais, ganha menos e propicia mais lucro ao patrão – ressaltou ele.