O senador Paulo Paim (PT/RS) relator do PLS 432/2013
que regulamenta o trabalho escravo, recebeu nesta segunda-feira, 1°,
representantes da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae),
da Confederação Nacional dos Trabalhadores Na Agricultura (Contag), da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) e do Ministério Público do Trabalho sugestões
de emendas ao projeto de lei.
A proposta que está em análise na Comissão de Constituição
e Justiça reduzir as hipóteses do que pode ser considerado trabalho escravo no
Brasil. Para Paim, o projeto aumenta a impunidade e é um retrocesso frente a
avanços obtidos pelo país neste quesito.
- Trabalho escravo não se regulariza, proíbe-se. As leis
estão aí para assegurar o direito de empregados e empregadores, mas não o
direito de trabalho escravo regulamentado – assegurou o senador gaúcho.
O documento assinado pelas entidades e o Ministério
Público pede diversas providências no sentido da erradicação do trabalho
forçado, como a manutenção do atual conceito de redução à condição análoga a de
escravo, bem como o conceito de trabalho degradante. Além da rejeição do
projeto que tenta reduzir a abrangência conceitual do crime.