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09.Agosto
Paim vê riscos aos direitos sociais com a aprovação do impeachment

Em discurso na sessão plenária convocada para decidir se a presidente afastada Dilma Rousseff, deve ou não ir a julgamento por suposto crime de responsabilidade, o senador Paulo Paim (PT-RS) conclamou a classe trabalhadora e os movimentos sociais a reagirem à chamada pauta conservadora. Esse conjunto de propostas e ações, no seu entender, vem ganhando corpo e tende a se fortalecer com a aprovação final do processo de impeachment.

O senador citou como "regressões descomunais" a desvinculação de bilhões de reais do Orçamento para as áreas de saúde e educação e a demissão de servidores públicos. A virtual revogação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), poderá se materializar, alerta ele, por meio da aprovação de propostas do presidente interino, Michel Temer e de sua base de apoio , como a prevalência do negociado em convenções e acordos coletivos sobre os termos da lei e a liberação geral das terceirizações.

Ele citou o jornalista Jânio de Freitas, do jornal Folha de S. Paulo, para quem o processo de impeachment contra Dilma é o "maior ato de hipocrisia da história política brasileira". Entre outras razões, a presidente está sendo acusada em razão de práticas de gestão comumente adotadas por outros presidentes da República, governadores e prefeitos em todo o país.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)