O fechamento de hospitais, o cancelamento de cirurgias eletivas, a diminuição de leitos e de atendimento em pronto socorro tem se tornado comum no Rio Grande do Sul. O alerta foi feito pelo senador Paulo Paim nesta quarta-feira, 24, no plenário do Senado.

 Os valores da tabela do SUS estão defasados em torno de 60%. Desde 2004 que o valor não é atualizado. Segundo a Federação das Santas Casas, os governos federal e do estado têm atrasado constantemente os repasses para os hospitais. Entre os mais prejudicados estão o São Vicente de Paulo, de Osório; da Urcamp, de Bagé; e o Pompéia, de Caxias do Sul.

 A entidade também informa que governo do estado deve R$ 1,4 bilhão para 250 entidades. Mais de 6 mil funcionários foram demitidos e 18 mil estão com os seus salários atrasados. “A que ponto chegou a saúde pública”, comentou Paim.

Na semana passada 8 hospitais decidiram se unir a outras instituições para pedir o bloqueio de contas da União: Santa Casa, de Porto Alegre; São Lucas, da PUC; Santa Casa, de Pelotas; Bruno Born, de Lajeado; Caridade, de Ijuí; Hospital, de Santa Cruz; São Vicente de Paulo, de Passo Fundo; e Pompéia, de Caxias. Em todo o país cerca de 50 hospitais entraram com ação.

“Quero prestar minha solidariedade a todos os profissionais da área da saúde e principalmente a nossa população que é a maior prejudicada. É inadmissível e uma vergonha o que está acontecendo.  Vamos chamar uma audiência pública o quanto antes na CDH para tratar do assunto”, disse Paim.