O senador Paulo Paim (PT/RS) usou seu tempo na sessão do impeachment no Senado, na tarde desta segunda-feira (29), para criticar o processo contra a presidenta Dilma Rousseff.
“A senhora tem uma história inatacável, honesta e fiel as causas do povo brasileiro. A dor de uma traição, presidenta Dilma, dói muito mais do que balas e baionetas. A maioria sabe que a senhora não cometeu crime algum. Esse processo está desmoralizado não somente no Brasil, mas perante o mundo”.
Paim também rejeitou o argumento
da acusação de que a presidenta teria cometido um crime de responsabilidade.
“O que mais me surpreende é
ouvir que o rito está sendo seguindo e, portanto, não é golpe. Isso é uma
piada. Calculem se uma maioria eventual, oportunista e irresponsável aplicasse
o mesmo método nos estados e municípios? Alegando que não importa se houve
crime, o que importa é seguir o rito”.
Paim também fez duras críticas
a “Ponte Para o Futuro” do governo interino, que ataca direitos trabalhistas,
previdenciários e a CLT. "Querem a terceirização da atividade fim,
regulamentar o trabalho escravo, desvincular as receitas da saúde e educação,
privatizar tudo, até o pré-sal. Acabaram com o Ministério da Previdência,
querem que as pessoas se aposentem com ou 70 anos”, alertou.
Em resposta, a presidenta
Dilma argumentou que reduzir a desigualdade social no Brasil é o seu maior
orgulho.
“Entre as maiores realizações
sociais do meu governo e do presidente Lula estão a política de valorização do
salário mínimo. Ela foi um dos esteios da redução significativa da desigualdade
social em nosso país. Aliás, na contramão do que vinha ocorrendo em países
desenvolvidos. Reitero ainda, que tenho muito orgulho de termos tirado o Brasil
do mapa da fome”, ressaltou Dilma Rousseff.