Paim (PT-RS) disse que Dilma está sendo perseguida e foi traída. Presidente defendeu política de valorização do salário mínimo.
O senador Paulo Paim (PT-RS) foi o 23º senador a interrogar a presidente afastada Dilma Rousseff. Ele disse que Dilma Rousseff está sendo perseguida e foi traída. “A dor de uma traição é pior do que as balas e as baionetas. A maioria sabe aqui nesse plenário que a senhora é inocente. Esse processo está desmoralizado não mediante o Brasil, mas mediante o mundo.”
Paim disse que Dilma "tem uma história impecável, honesta e fiel às causas do povo brasileiro".
“Eu venho lá do Sul, da terra de Getúlio Vargas, Goulart, Brizola, todos tão perseguidos como Vossa Excelência. Tenho muito orgulho de ter acompanhado sua trajetória nos últimos 40 anos.", disse.
O senador destacou uma série de programas sociais dos governos Lula e Dilma, como a valorização do salário mínimo, o avanço da classe média, a Lei das Domésticas, o Fies e os gastos com saúde e educação. Em seguida, disse que o presidente interino está “atacando direitos trabalhistas” e “querendo revogar a CLT”.
Dilma respondeu falando que sente orgulho dos programas sociais implantados pelo governo do PT. “Considero que entre as maiores realizações sociais do meu governo e do governo do presidente Lula estão a política de valorização do salário mínimo, ela foi um dos esteios da redução significativa da desigualdade social no nosso país, na contramão do que vinha ocorrendo nos países desenvolvidos”, afirmou.
A presidente afastada também falou do bolsa-família e da lei de cotas, que “mudou a cor da universidade pública e tornou-a mais democráticas”, sem diminuir a qualidade do ensino, nas palavras de Dilma.
Ela falou também que tem orgulho do Mais Médicos e disse que o programa pode ser suspenso “por preconceito contra médicos cubanos”.
Fonte: O Globo