O documentário acompanhou os esforços do senador para sancionar a lei do “Estatuto da Igualdade Racial” no Congresso Nacional. Autor do projeto original que demorou quase uma década para ser aprovado, Paim se emocionou ao falar sobre o Estatuto: “Eu não quero nada. Só deem oportunidade para um povo que foi sempre excluído. Só quem é negro sabe o quanto que é difícil essa caminhada”. 

O senador ressalta que, apesar de o Brasil ter a segunda maior população negra do mundo e de ter a reputação de harmonia racial, os negros permanecem praticamente ausentes da mídia e da política brasileira. 

O documentário também apresenta a luta de Miúda dos Santos – neta de africanos escravizados e ativista quilombola – pela posse das terras e pelo respeito às suas tradições ancestrais da Comunidade Quilombola de Linharinho, no Espírito Santo. E do apresentador e cantor, Netinho de Paula, na busca de consolidar uma emissora de televisão formada majoritariamente por funcionários afro-brasileiros.

O filme foi lançado em 2012, no Festival Internacional do Rio de Janeiro. A renda da exibição do filme foi integralmente revertida para o Fundo Baobá, organização não governamental que financia organizações negras brasileiras.