Para o senador Paulo Paim (PT/RS) as mobilizações que ocorrem pelo país causaram o recuo das reformas trabalhista e previdenciária do Governo Temer.
— Isso só aconteceu graças as mobilizações que fizemos pelo Brasil. População, parlamentares, centrais e sindicatos unidos contra o retrocesso. O povo está reagindo contra a retirada de direitos dos aposentados, pensionistas e dos trabalhadores — comemora Paim.
Na última semana, a Casa Civil e a presidência da Câmara dos Deputados anunciaram o adiamento da Reforma da Previdência e Trabalhista para o segundo semestre de 2017. Entre os pontos defendidos pelas reformas estão o aumento da jornada de trabalho, prevalência de acordos coletivos, fixação de idade mínima de 65 anos para homens e mulheres e a desvinculação do reajuste dos benefícios do salário mínimo.
Apesar do adiamento das reformas, Paim cobra atenção dos parlamentares e da população em relação a outras medidas defendidas pelo governo. Como é o caso da terceirização da atividade fim, em tramitação no Senado.
— Temos que ficar em estado de alerta, já que o contra-ataque será igualmente devastador, o governo quer que a terceirização seja aprovada ainda este ano. Temos que enfrentar este debate. Se dentro do próprio Congresso Nacional as empresas terceirizadas não pagam os direitos dos trabalhadores, como vimos recentemente, imagine nas fábricas e empresas pelo país afora — ressalta o senador.